Nahas, Pinheirinho, Ilhas Virgens. Essa tal privataria vai longe…

Filhos de Nahas operam com imóveis e empresa nas Ilhas Virgens (vizinha da PO Box da filha do Serra)

Se Naji Nahas está falido, ele não pode ter empresas. Mas seus filhos podem. E eles têm empresas de negócios imobiliários, com terrenos (semelhantes ao do Pinheirinho) que usam para fazer incorporações de condomínios milionários.

Uma das empresas de dois filhos de Naji Nahas é a Rofer Administração e Construção Ltda., que participou da incorporação de um edifício de alto padrão em São Paulo, o Acropólis Paraíso.

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A empresa dos filhos de Nahas, tem duas coisas em comum com aquelas empresas da filha e do genro de José Serra, figuras centrais do livro de Amaury Ribeiro Jr., “A Privataria Tucana”.

A Rofer tem como sócia um empresa off-shore situada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, e que lhe injetou alguns milhões ao capital social. Coincidentemente, a off-shore fica na mesma Road Town, na mesma ilha Tortola que aquela empresa da filha do Serra tinha em comum com a irmã de Daniel Dantas, nas mesmas Ilhas Virgens.

E por falar em José Serra, na operação Satiagraha a equipe do delegado Protógenes Queiroz capturou esse diálogo de Naji Nahas, conforme o relatório da Polícia Federal sobre a operação que vazou. Notem como o especulador revela obter informações quentíssimas do próprio Serra sobre a Cesp, que podem proporcionar lucros de R$ 80 milhões.

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Isso mostra que o agora deputado Protógenes (PC do B-SP) e o jornalista Amaury Ribeiro Jr. ainda têm muito trabalho pela frente.

Em tempo: Nahas chegou a ser condenado na justiça do Rio de Janeiro por falência fraudulenta (geralmente consiste em ocultar patrimônio, como, por exemplo, passar bens para o nome de parentes, de forma a ficar fora do alcance de credores). Recorreu no STJ (Superior Tribunal de Justiça), e o processo ficou lá vagando até prescrever.