José Serra mantém sua obsessão pela Presidência

O candidato a prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), ao atacar a escolha da senadora Marta Suplicy (PT) para o Ministério da Cultura, demonstrou que só pensa naquilo: na […]

O candidato a prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), ao atacar a escolha da senadora Marta Suplicy (PT) para o Ministério da Cultura, demonstrou que só pensa naquilo: na eleição presidencial de 2014 e, para isso, faz oposição sistemática ao governo Dilma.

O tucano abriu fogo em sua propaganda na TV, fazendo ataques sem noção ao governo Dilma, como se Marta Suplicy tivesse “ganho” o ministério como “prêmio” por fazer algumas aparições na campanha para Fernando Haddad. Infelizmente – mas não surpreendente – a velha imprensa ampliou as críticas fora da realidade, dando manchetes para Serra usar na TV.

Ora, Marta iria entrar na campanha de qualquer jeito, até para não perder suas bases. Como ela poderia deixar de ajudar a eleger uma bancada de vereadores ligada a ela, que está em campanha? E com Haddad subindo nas pesquisas, se ele ganha sem ela, a liderança dela ficaria esvaziada.

A rigor, o momento desta nomeação, em plena campanha, é até inoportuno, do ponto de vista eleitoral. Além de dar margem a estas críticas oportunistas, o cargo de ministra da Cultura impõe mais limites à participação de Marta na campanha do que o cargo de senadora. Se o objetivo fosse um toma lá dá cá eleitoreiro como os argumentos imbecis sugerem, a nomeação deveria se dar só depois das eleições.

O fato é que a cidade de São Paulo ganhou, tendo uma paulistana de densidade política como ministra.

Se Serra pensasse como alguém interessado na cidade de São Paulo, estaria comemorando interiormente. Afinal, que político, mesmo na oposição, não gosta de ser contemplado, ainda que indiretamente, pelo fator regional, tendo um conterrâneo em um ministério?