Movimento Mães de Maio lança livro com registros da luta contra violência estatal

A mãe de maio Débora Maria da Silva em ato contra os resquícios do golpe de 1964 (Foto: Fora do Eixo/Flickr) O movimento Mães de Maio, que reúne familiares de […]

A mãe de maio Débora Maria da Silva em ato contra os resquícios do golpe de 1964 (Foto: Fora do Eixo/Flickr)

O movimento Mães de Maio, que reúne familiares de vítima de violência estatal no estado de São Paulo, lança amanhã (5) o livro Mães de Maio, Mães do Cárcere – A Periferia Grita, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. O livro reúne depoimentos, poesias e documentos sobre diversas situações de violência em vários estados do Brasil e em especial sobre os crimes de 2006, quando se originou o coletivo. 

Em maio daquele ano, 493 pessoas foram assassinadas entre os dia 12 e 21 em todo o estado. A maioria apresentava claros sinais de execução e de participação de policiais tidas pela organização como atos de represália aos ataques a agentes de segurança por parte da facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Os civis mortos, na maior parte dos casos, não tinham nenhuma evidência de envolvimento com as morte de policiais. 

O livro tem prefácio do rapper Dexter, Ilustrações do grafiteiro Beto/Gente Muda e arte de Silvana Martins. É dividido em quatro partes: Grito Familiar, Grito Poético, Grito dos Parceiros e Luta das Mães de Maio.

Na primeira estão relatos de familiares de vítimas dos crimes de maio, do massacre do Carandiru e de reclusos do sistema penitenciário. A segunda parte reúne contos e poesias de cerca de 40 importantes poetas-parceiros do movimento, como os Sérgio Vaz, da Cooperifa, e Cidinha da Silva, os rappers dos Racionais Mcs e da jornalista Rose Nogueira. 

A terceira reproduz reportagens que denunciam situações de desrespeito aos direitos humanos em vários episódios da história recente do pais e abre espaço para registro de outros movimentos sociais como a Rede Contra Violência, do Rio de Janeiro, e a Pastoral Carcerária. Na última parte do livro estão documentos da história da luta pelo contra a violência estatal.

Depois do evento no Sindicato dos Jornalistas, as Mães participam do lançamento do Relatório Anual de Direitos Humanos da Rede Social de Direitos Humanos, no Sesc Consolação, onde acontecerá uma homenagem a Débora Maria da Silva, fundadora do movimento.

Serviço
Lançamento: “Mães de Maio, Mães do Cárcere – A Periferia Grita”

  • Quarta-Feira (5), às 15h30, no Sindicato dos Jornalistas, Rua Rêgo Freitas, 530 – Sobreloja. 
  • Exposição de fotos de comunidades Indígenas Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul, organizada pela   Associação Juízes para a Democracia, exposição virtual de fotos de João Ripper e Concerto musical com Ivan Vilela na apresentação do Relatório Direitos Humanos do Brasil 2012: das 18h às 22h, no Sesc Consolação, Rua Dr. Vila Nova, 245, Consolação, São Paulo

 

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