Dia de Mobilização da CUT leva trabalhadores às ruas de todo o país

No Pará, ativistas partiram da a praça Dom Pedro II, centro de Belém, até a praça da República (Foto: Cláudio Pereira/Divulgação) São Paulo – O Dia de Mobilização da Central […]

No Pará, ativistas partiram da a praça Dom Pedro II, centro de Belém, até a praça da República (Foto: Cláudio Pereira/Divulgação)

São Paulo – O Dia de Mobilização da Central Única dos Trabalhadores (CUT) levou milhares de trabalhadores em todo o país às ruas nesta quarta-feira (6). As bandeiras de luta apresentadas nos diversos eventos foram o ganho real, redução da jornada de trabalho sem redução de salários, fim do fator previdenciário, combate à terceirização e precarização, atenção às reformas política e tributária, aprovação do Plano Nacional de Educação, autonomia sindical, entre outras.

O presidente da CUT, Artur Henrique, participou das mobilizações no Pará junto ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), e o membro da coordenação nacional da entidade João Pedro Stédile. O dirigente revelou, na última terça-feira (5) que passaria o dia de mobilização na região a fim de se posicionar contra a violência no campo. A atividade começou pela manhã, na praça Dom Pedro II, centro de Belém, em frente à Assembleia Legislativa, e seguiram em caminhada até a praça da República.

“A única forma conquistar mais dignidade e qualidade do trabalho é pela mobilização”, defendeu Vagner Freitas, secretário de Finanças e Administração da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A necessidade de levar os trabalhadores às ruas explica o dia de mobilização. Freitas fez a declaração em participação no programa Momento Bancário, realizado pelo sindicato da categoria de São Paulo, Osasco e Região.

Segundo Freitas, os atos foram voltados a “despertar o Brasil”. Ele avalia que o país viveu uma recuperação muito diferente da encontrada por países europeus, como Grécia, Portugal e Irlanda, e asiáticos, como o Japão. A recuperação econômica e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiros reforçam demandas de distribuição de renda.

Em Porto Alegre, cerca de mil trabalhadores participaram de caminhada até os Ministérios da Fazenda e do Trabalho. Os trabalhadores foram recebidos pelo superintendente regional do Trabalho e Emprego, Heron de Oliveira, que recebeu um documento com a pauta de reivindicações da CUT. O sucateamento e precarização de serviços públicos – com fechamento de unidades por falta de servidores – foi denunciado pelo presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski.

Cerca de 300 representantes sindicais e militantes realizaram panfletagem com carros de som em Salvador. O presidente da CUT-BA, Martiniano Costa, reiterou aos trabalhadores a importância da redução da jornada de trabalho. “A CUT não se calará, pois esse é o seu papel. Estamos nas ruas hoje para que a classe trabalhadora se empenhe em defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salários para 40 horas semanais, entre tantas outras bandeiras importantes”, disse.

No Distrito Federal, o objetivo do ato foi cobrar compromisso do governo federal com a classe trabalhadora. Em reunião da CUT-DF com o secretário do governo do Distrito Federal, Paulo Tadeu, foi agendada uma audiência com a entidade, movimento de trabalhadores rurais e com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Antes da reunião, centenas de trabalhadores se reuniram na Praça do Buriti e, ao final da tarde, houve panfletagem na rodoviária Plano Piloto.

Mobilização da Cut no Rio de Janeiro (Foto: Paulo de Tarso)Centenas de servidores públicos em greve reuniram-se no centro do Rio de Janeiro em protesto por melhorias de trabalho. Para o presidente da CUT no Rio de Janeiro, Darby Igayara, a principal reclamação é a falta de diálogo entre o governo federal e a classe trabalhadora. “O problema é que no governo Dilma até agora nós não tivemos condições de dialogar com o governo. Então a ideia é a CUT começar os movimentos, a colocar pressão buscando esse diálogo”, afirmou.

Entidades que representam os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além dos químicos, metalúrgicos, petroleiros e aeroportuários se mobilizaram em Pernambuco no bairro de Boa Vista, em Recife. Sérgio Goiana, presidente da CUT-PE, ressaltou a necessidade das mudanças exigidas em pauta. “Nas campanhas salariais do segundo semestre, a nossa luta deve ser pautada por ganhos reais, porque o salário não é vilão da inflação”, pontuou.

A Reforma Agrária e o posicionamento contra as terceirizações foram reforçados nas atividades no Ceará. A manifestação com os trabalhadores do Porto reivindicou também diálogo com o governo estadual, tal como mais concursos e medidas para melhorar a segurança pública. No período da tarde, um grande ato na Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) marcou o final do dia de mobilizações.

Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região organizou protestos em frente de agências do Itaú Unibanco e do Bradesco, com panfletagens e retardamento da abertura das agências.

Com informações da Agência Brasil