Mais de 3 mil protestam contra tarifa de ônibus em SP; PT quer planilha de custos

Manifestantes contra o aumento da passagem de ônibus tomam parte da avenida Paulista (Foto: Rodrigo Capote/Folhapress) São Paulo – Nova manifestação contra o aumento da tarifa do ônibus em São […]

Manifestantes contra o aumento da passagem de ônibus tomam parte da avenida Paulista (Foto: Rodrigo Capote/Folhapress)

São Paulo – Nova manifestação contra o aumento da tarifa do ônibus em São Paulo reuniu aproximadamente 4 mil pessoas, segundo os organizadores,que percorreram a Paulista, saindo da praça do ciclista até o final da avenida, na praça Oswaldo Cruz.. Segundo a Polícia Militar, havia entre 2,5 mil e 3 mil manifestantes.

Ao lado dos manifestantes, o vereador José Américo, líder da bancada do PT na Câmara, disse que vai requerer à Secretaria de Transportes uma planilha explicando o aumento de R$ 2,70 para R$ 3. “O secretário precisa explicar o porquê de a tarifa subir acima da inflação. Outro dado é que o transporte público precisa melhorar, mas ele está cada vez pior. Falta ônibus, por exemplo.”

A manifestação, liderada pelo Movimento Passe Livre, é a segunda deste ano. Na última quinta (13), mais de 700 pessoas participaram de passeata pelo centro de São Paulo.

Para a integrante do bloco Anel às Ruas (Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre), movimento estudantil que faz contraponto a UNE, é um absurdo fazer o trabalhador pagar tanto para se deslocar. “O  transporte ainda por cima é caro e  horroroso, sempre lotado e demorado. Isso faz com que as pessoas fiquem presas nos seus bairros e não aproveitem a vida cultural da cidade”, desabafa.

A passeata incluia na sua maioria estudantes. “Esse aumento é completamente desproporcional ao aumento da inflação e todos os trabalhadores tem dificuldade para arcar com os custos do transporte” afirmou Pablo Ortellado, professor da Universidade de São Paulo.

Ortellado ainda comentou a ação da PM na manifestação da semana passada, que terminou com atos de violência e 31 manifestantes detidos. ” Foi um ato covarde da polícia e está claramente comprovado que os manifestantes estavam seguindo seu curso e foram atacados de uma maneira muito violenta e gratuita.”

Durante o percurso pela avenida Paulista, os manifestantes ficaram sentados na altura do metrô Brigadeiro durante 10 minutos. Um helicóptero da PM sobrevoava a região.

Segundo a PM, a manifestação foi pacífica. “Desde o início do protesto, a PM e os líderes têm tido contato próximo e isso ajudou no andamento”, disse o tenente André Luís Zandonadi.

O próximo ato contra o aumento está marcado para quinta-feira (27), com concentração no Teatro Municipal, ás 17h.