Relator da ONU para alimentação pede mais investimento na agricultura familiar

Após uma semana de visita ao país, Olivier de Schutter elogia progressos obtidos no fornecimento de alimentos, mas pensa que Estado deve dar mais proteção a pequenos fazendeiros e sem-terras

O censo agropecuário do IBGE, divulgado neste mês, chamou atenção para a agricultura familiar. Com menos área, produtores conseguem mais alimentos (Foto: Valter Campanato. Agência Brasil)

O relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Olivier de Schutter, concluiu sua semana de viagens pelo Brasil com pedidos ao governo federal. Na opinião dele, o país tem promovido grandes progressos na garantia do acesso à alimentação para todos, mas o Estado deve fazer mais por grupos vulneráveis como pequenos fazendeiros e trabalhadores rurais sem-terra.

Sete anos depois de sua última passagem pelo Brasil, Schutter disse ter encontrado a situação transformada na garantia de direito à alimentação e participou de conversas sobre a inclusão do direito à comida na Constituição brasileira, projeto que se encontra em tramitação no Congresso.

Além disso, o relator esteve com o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, com o Ministro do Desenvolvimento Social de Combate à Fome, Patrus Ananias, e com o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.

Schutter afirmou ser preciso não apenas ampliar a produção de alimentos, mas também garantir uma maior distribuição da comida entre as populações mais vulneráveis, como as do campo, com reforço à política de agricultura familiar, responsável pela maior parte dos alimentos no país.

As conclusões da visita ao Brasil serão reunidas em um relatório com recomendações ao país. O documento será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Com informações da Rádio ONU.

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